segunda-feira, 4 de novembro de 2019

D&D B/X (One-Shot): Na Tumba do Rei-Serpente

Saudações masmorreiros e masmorreiras!

Ontem jogamos uma One Shot utilizando D&D B/X (por meio do retroclone Old-School Essentials) e creio que o resultado foi bastante positivo! Mas creio também que não utilizarei esse sistema na próxima campanha que mestrarei.

Primeiramente, o sistema é compacto, leve, ágil e elegante. Não há como negar! Mas, na prática, algumas mecânicas soam um pouco estranhas (como utilizar Salvaguarda contra Petrificação para desviar de uma armadilha que é um martelo de pedra que se solta do teto, como indicado na já mencionada Tomb of the Serpent Kings - que foi a aventura introdutória que utilizei, reduzindo-a a parte do 1º piso e com algumas modificações leves). E, no fim, os jogadores ficaram relativamente frustrados com a falta de opções disponíveis (esse foi o caso especificamente do Guerreiro - e não sei se há como culpá-lo!).


Porém, no início da sessão fiquei com a sensação de estar testemunhando algo épico, significativo. O grau de atenção que a possibilidade concreta da morte induziu aos jogadores foi algo fenomenal! Não consigo recordar de ter me divertido tanto em uma sessão de RPG. Porém, a diversão foi sendo atenuada no que, talvez, tenha sido um erro estratégico da minha parte.

Minha ideia inicial era utilizarmos personagens nível 1 - como sugerido na dungeon. Mas, após ler essa postagem, mudei de ideia. E resolvi "escalonar" os desafios da dungeon para personagens nível 5 (na verdade, optei por conceder 20.000 de XP para todos, o que, exclusivamente para o Ladino, significou nível 6).

Mas, pouco antes do início da sessão, tive a ideia de criar rapidamente 4 personagens (2 Guerreiros e 2 Ladinos) nível 1, para que os jogadores iniciassem a exploração com eles e, eventualmente, morressem, para, num segundo momento, voltarem à dungeon com os personagens mais experientes.

O resultado foi que os jogadores pareceram chateados de perderem seus personagens. E um deles conseguiu escapar com sua Ladina com vida! Utilizei isso para fazê-la voltar ao bando de mercenários informando o acontecido, criando o pretexto para a nova expedição com os aventureiros mais experientes.

A segunda expedição, então, acabou soando meio artificial. Com os personagens mais fortes tive dificuldade para transmitir a sensação de desafio real, de iminência de morte. Exceção feita ao combate final, com o "Ogro Homem-Cobra", que ameaçou fazer um grande estrago no grupo. Mas, como eles haviam sido inteligentes e economizaram recursos, possuíam várias magias para lidar com o desafio e conseguiram cegá-lo (Luz Contínua), mudando o rumo do combate.

Então, apesar de ter cometido alguns vacilos, a experiência me permitiu os seguintes aprendizados:
  • Mais que as regras, o objetivo é emular uma forma de jogabilidade alinhada aos princípios do old school gaming.
  • Para encontrar os jogadores no meio do caminho, penso ser plausível adotar a 5e, ainda que devidamente adaptada para emular essa experiência.

Nesse sentido, inspirado pela sessão de ontem estou finalizando o meu "hack" da 5e e já posto aqui no blog!

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