quinta-feira, 30 de abril de 2020

Barrowmaze - Sessão 09

Sessão 09, Dia 28 de abril de 2020 (10/02/250)

Personagens:
Alasse - Maga Meio-Elfa 1 (Vitória)
Aries - Clérigo Humano 1 (Riesa)
Bolseiro Tooks - Ladino Pequenino 2 (Fábio)
Contratados:
Undoon - Mercenário
Hildric - Porta-Tocha
Rhoia - Porta-Tocha
Wegard - Aventureiro [Mago]

Anotações:
A Maga Alasse, recém-ingressa no grupo, sendo versada em Fala Negra, conseguiu traduzir as inscrições nesse idioma, que os pequeninos haviam encontrado e transcrito em uma folha de papel. As inscrições dizem o seguinte:
E assim, o magnânimo e poderoso Senhor do Submundo reuniu Seus Escolhidos e ao Seu sacerdote mais predileto,  Ascyet Vie Yannarg - Ele concedeu a Tabuleta do Caos.
Ele, então, ordenou que Seus Escolhidos enterrassem e ocultassem a Tabuleta para toda eternidade. Ele proferiu essa ordem. E seu comando foi acatado.
Começamos a sessão na cidade, Bolseiro se reuniu com outros dois companheiros de guilda, fizeram uma compra e partiram novamente para o Labirinto na esperança de achar Rowena e Pawah, sem saber que elas já haviam falecido. No pântano se depararam com dois zumbis que foram ignorados. Porém esses mortos-vivos os seguiram até a entrada da masmorra. Em um combate insano onde o pequenino Bolseiro se jogou no buraco da masmorra para se soltar de um dos zumbis os aventureiros conseguiram sua vitória. 


Dentro do labirinto por uma sorte do destino eles seguiram em direção aos dois companheiros mortos. Quando estavam próximos aos corpos das duas aventureiras eles se depararam com um outro grupo de saqueadores. Bolseiro vendo um dos itens da sua falecida amiga na posse dos saqueadores assumiu que eles haviam as matado. Antes que bolseiro pudesse soltar uma única flecha se quer, Alasse soltou uma magia que deixou todos os saqueadores inimigos caídos no chão dormindo. Após matar seus inimigos o grupo recuperou os itens das suas companheiras e seguiu a exploração. Não muito a frente, o grupo ouviram o barulho metálico de espadas se encontrando. Havia uma batalha entre os necromantes de Sseth e os acólitos de Orcus.


Bolseiro foi a frente investigar, e sabiamente esperou a batalha terminar antes que pudesse fazer qualquer ação. Porém esperou demais e foi descoberto pelo sacerdote de Sseth, que se saiu vencedor da batalha e, tendo percebido o pequenino, ordenou que seus capangas o matassem. Em mais uma batalha contra vida o Covid-19 saiu-se vitorioso apesar do sacerdote ter fugido. Já cansados da longa caminhada e alguns feridos o pequeno grupo resolveu voltar a cidade para descansar e retomar a exploração uma outra hora. Já quase na saída um terceiro grupo de saqueadores estava entrando no subterrâneo quando se deram cara a cara com os bravos guerreiros.

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Barrowmaze - Sessão 08

Sessão 08, Dia 26 de abril de 2020 (09/02/250)

Personagens:
Bolseiro Tooks - Ladino Pequenino 2 (Fábio)
Faltrin Tooks - Ladino Pequenino 1 (Fausto)
Pawah - Guerreira Humana 1 (Guilherme)
Rowena - Ilusionista Humana 1 (Vitória)
Ulk - Guerreiro Humano 1 (Riesa)
Contratados:
Unmar - Mercenário 
Kell - Porta-Tocha
Kelloc - Porta-Tocha
Kolmat - Porta-Tocha

Anotações:
Os pequeninos se reagruparam com o grupo depois de ter vasculhado o buraco que somente eles conseguiam entrar, enquanto isso, Ulk quebrava a parede, assim feito, o grupo se deparam com 3 possibilidades de continuação, optamos por ir para o canto esquerdo (de acordo com o mapa, visto de cima) pois tem uma coisa que nos chama a atenção...Ao investigar, notamos que na parede há 3 quadros onde em um deles está presente Kraneios, deus da morte, cercado de alguns sacerdotes/seguidores vestindo mantos com gorro cobrindo seus rostos, em outro quadros, vimos Kraneios segurando uma tabuleta (parecida com as tabuletas rúnicas, mas mais brilhante), ele está entregando para o sacerdote/seguidor mais "bem vestido", o grupo acha que deve ser uma espécie de Alto-Sacerdote/Sumo-Sacerdote, no último quadro aparece Kraneios apontando em alguma direção e uma fila de seguidores marchando para os montes fúnebres e sumindo numa escada, o grupo acredita que esta seja o labirinto, abaixo desse quadro possui um texto muito rústico e ninguém do grupo conseguiu desvendar o idioma.


Depois de ponderar sobre esses quadros, Ulk tenta avançar e acaba pisando num piso falso, revelando um buraco onde somente Rowena e Pawah caíram e foram teletransportadas para outra sala (o grupo em si não sabe o que aconteceu e aonde eles foram). No desespero, Ulk grita para ver se consegue escutar algo, mas acaba chamando atenção de alguns esqueletos, o combate acaba tendo complicações e Ulk é envenenado, sabendo que tem pouco tempo de vida, ele vira para os pequeninos e convence eles de irem para a entrada, não antes de escrever com espada/faca na parede pra que Rowena e Pawah consigam ler e reagrupar. Ao chegar na entrada, notamos que o porta-tocha não está mais lá, Faltrin Tooks sobe a corda e vasculha, estando limpo, Ulk rapidamente parte sozinho em direção à cidade em busca de uma cura para esse veneno mortal, descuidado, acaba sendo emboscado por carniçais e acaba morto...

No meio tempo, as duas mulheres do grupo caem numa sala pequena, onde encontram um esqueleto um tanto quanto difícil, vestindo armadura mágica e segurando uma espada mágica, as duas conseguem matar o esqueleto, pegam os itens e seguem em frente, porém, se deparam com uma mensagem de "Não vá por esse caminho" ou algo do tipo, as duas, curiosas, continuam em frente de qualquer jeito, encontram altares e esqueletos... As duas seguem em frente, encontram uma mochila em um corpo, ao abrir, acham um grimório, mais a frente, se deparam com 6 cobras, conseguem lidar com elas porém Rowena é mortalmente envenenada, Pawah decepa o pé de Rowena e conseguem sobreviver da fatalidade, em seguida, encontram uma sala que possivelmente tem tesouros e relíquias, as duas passam vasculhando até que se deparam com um grupo de monstros "Retorcido" ameaçando as duas e apontando para o cadáver de um falecido companheiro deles, falando coisas em vários idiomas diferentes, Rowena tenta interagir falando na linguagem dos goblins porém sem muita eficácia, depois de muita dificuldade, a dupla dinâmica conclui que os Retorcidos queriam o corpo do seu "parente", ao entregar esse corpo, os Retorcidos se viram e vão embora. Seguindo mais em frente, elas se deparam com esqueletos-safira e acabam infelizmente morrendo em combate...


Restando apenas os pequeninos, eles esperam os seus companheiros na esperança de estarem vivos, porém ninguém apareceu. Após acamparem próximos à saída da masmorra, na vã esperança de que algum companheiro pudesse retornar, eles abandonam as esperanças e conseguem retornar em segurança para a cidade.

Bastidores:
Liberei para os jogadores, na esteira do Advanced Labyrinth Lord, raça e classe separados. Então daqui em diante o eventual leitor irá se deparar com "Anão Clérigo", "Elfo Mago" e combinações correlatas!

Barrowmaze - Sessão 07

Sessão 07, Dia 22 de abril de 2020 (08-09/02/250)

Personagens:
Nephtys - Druida 1 (Fábio) -> Bolseiro Tooks - Pequenino 1 (Fábio)
Rowena - Ilusionista 1 (Vitória)
Ulk - Guerreiro 1 (Riesa) 
Uras - Usuário de Magia 1 (Fausto) -> Faltrin Tooks - Pequenino 1 (Fausto)
Zaerl -  Anão 1 (Guilherme) -> Pawah - Guerreira 1 [entrou no meio da expedição, na Sessão 08]
Contratados: 1ª Expedição
Arsus - Porta-Tocha
Colm  - Porta-Tocha
Mortag – Porta-Tocha
Baugwall - Mercenário
Contratados: 2ª Expedição
Unmar - Mercenário
Kell - Porta-Tocha
Kelloc - Porta-Tocha
Kolmat - Porta-Tocha

Anotações:
Essa sessão começa com os aventureiros de novo no labirinto, prontos para atacar os guerreiros sombras. O combate contra as Sombras começa muito bem para os jovens mancebos, desferindo golpes após golpes deixando os com poucos feridos. Nephtys, Ulk e Zaerl se sentiram mais fracos do que aqueles ferimentos levados os deixariam normalmente. Eles não sabiam que a cada ataque sucedido dos guerreiros sombras os deixavam mais fracos através de uma maldição, porém, era tudo passageiro. O combate rendeu dois itens mágicos aos amigos, uma armadura e um escudo.


Tendo mais da metade do grupo ferido e os aventureiros arcanos cansados pela execução de poucas mais exaustivas magias, os saqueadores decidiram por voltar para a cidade para se recuperar apesar da pouca recompensa que conseguiram naquela aventura. Contudo, na volta foram surpreendidos por um bando de esqueletos que patrulhavam a tumba que os atacaram de surpresa. Em um ataque rápido e mortal os esqueletos conseguiram tirar a vida do mago Uras e da já ferida Nephtys. O restante, encurralados, combateram os esqueletos para tentar viver mais um dia. Todavia, isso não foi suficiente para o anão Zaerl que antes de morrer ainda perdeu uma mão. No desespero de ver seus amigos caindo um a um, a ilusionista Rowena correu pela vida deixando o guerreiro Ulk sozinho contra o bando de esqueletos. Os esqueletos já cansados da batalha até então sucedida porém cansativa sucumbiram para Ulk que num golpe de sorte e despreparo dos esqueletos a combater um combatente tão bem protegido, foi derrotando um a um até todos caírem. Ulk reuniu os porta-tochas e corpos dos seus falecidos amigos e voltou para a cidade somente com Rowena e os porta-tochas ao seu lado.

Chegando na vila se recompuseram do saque mal sucedido e se juntaram a outros companheiros de guilda para mais uma expedição. No dia seguinte (09/02), os irmãos Tooks, Faltrin e Bolseiro, se juntaram a Ulk e Rowena para de volta ao labirinto tentar ser sucedidos dessa vez. Chegando no lugar foram surpreendidos por um saqueador aleatório que ao levar uma flechada precisa de Faltrin, decidiu não incomodar os jovens aventureiros. Já de volta à tumba, os grupo se separou, os irmãos pequeninos fizeram o que sabem se fazer melhor. Se enfiaram em um buraco para tentar achar tesouros, enquanto Ulk com a assistência de Rowena derrubavam uma parede para acessar uma nova sala. No buraco os Tooks foram atacados por vermes que feriram Bolseiro levemente. 


Com o tesouro do buraco em mãos os irmão se juntaram a seus companheiros. O barulho das marretadas do guerreiro chamou a atenção de moscas gigantes que incomodadas atacaram os aventureiros. Com flechadas precisas, dardos mortais, e golpes fatais os saqueadores se vingaram da morte de um mercenário contratado morto pelas moscas.

sábado, 25 de abril de 2020

O mundo de Greg Gillespie

Saudações!

Hoje falaremos sobre um assunto com o qual tenho me ocupado marginalmente tem algum tempo: o mundo de campanha (ou setting) implícito aos materiais (3 até o momento) lançados por Greg Gillespie.

O Rafael Balbi e a Aline Terumi fizeram a transcrição comentada de uma entrevista recente que fizeram com ele no Café com Dungeon (caso não tenham ouvido ainda, recomendo!), e lá o Gillespie mencionou que atualmente está trabalhando em um hexmap. O presente texto tem por objetivo lançar algumas bases especulativas sobre o que podemos esperar disso!

Outdoor Survival, por Avalon Hill

Nos três livros que compõe o D&D Original (OD&D), há quatro menções a um jogo de tabuleiro, ao que indica com certa popularidade na época, chamado Outdoor Survival, lançado pela Avalon Hill nos idos 1972 (no link há uma resenha em vídeo do mesmo). Não confundir com o Wilderlands of High Fantasy (que talvez mereça uma postagem futura), que é um cenário lançado pela Judges Guild em 1977 e também possui grande pioneirismo.


Esse jogo possui um tabuleiro, que é também um mapa, que é sugerido para ser utilizado como a representação gráfica do mundo de fantasia implícito ao mundo de jogo do D&D Original. Vamos ao mapa propriamente dito:


Mas o que o mapa desse jogo de tabuleiro, citado nos livretos do D&D Original, tem a ver com Greg Gillespie e suas megamasmorras?

O mundo de Greg Gillespie

Bom, o autor dos premiados Barrowmaze, The Forbidden Caverns of Archaia e Highfell possui um site antigo, que usava para organizar os materiais de uma campanha que jogou com seus jogadores naquele que foi seu primeiro material lançado, o Barrowmaze. A página pode ser acessada pelo seguinte link.

Lá tem muita coisa valiosa. Alguns exemplos: suas regras da casa, regras para festejo (carousing), regras para contratar seguidores, resumo das 73 (!) sessões de jogo, um fórum com algumas trocas de mensagem entre Gillespie e os jogadores, dicas para usuários de magias (traduzidas para o português  por dois membros da comunidade OSR brasileira, Samuel Zat, do Brainstorm & Dragons e Francisco Siqueira) bem como breves descrições da região do jogo (Northen Reaches) e o mapa da mesma. Vejamos esse mapa:


Abstraindo a irritante marca d'água, é possível identificar nele os mapas regionais específicos aos seus dois primeiros módulos publicados: Barrowmaze e Archaia. E o próprio logo do Outdoor Survival no canto inferior direito.

Há, ainda, uma sobreposição entre o mapa original do jogo de tabuleiro e os mapas regionais, agora não dos dois primeiros, mas dos três módulos (de cima para baixo: Barrowmaze, Archaia e Highfell) lançados pelo professor e autor canadense:


Wayne Rossi, da blogosfera OSR, fez um compilado de postagens referentes àquele que chama de setting original do D&D e juntou em um único arquivo pdf, buscando dar coesão e, quem sabe, fornecer a ossatura para possíveis campanhas jogadas nele. Esse material é muito bom, pois busca fazer um exercício investigativo vinculando algumas das magias e habilidades originais do D&D à própria estrutura desse cenário.

Enfim, busquei, com esse exercício de arqueologia RPGística, dar alguns elementos para especularmos sobre o próprio material que Gillespie lançará, ao mesmo tempo que trouxe (ou tentei, ao menos) trazer à tona algumas curiosidades bacanas sobre os primórdios do nosso amado hobby.

Até uma próxima!

segunda-feira, 20 de abril de 2020

Barrowmaze - Sessão 06

Sessão 06, Dia 19 de abril de 2020 (07-08/02/250)

Personagens:
Dunga - Anão 1 (Fábio)Nephtys - Druida 1 (Fábio)
Rowena - Ilusionista 1 (Vitória)
Smot - Ladino 1 (Riesa)Ulk - Guerreiro 1 (Riesa)
Uras - Usuário de Magia 1 (Fausto)
Zaerl -  Anão 1 (Guilherme)
Contratados: 1ª Expedição
Hjor - Mercenário
Eri - Porta-Tocha
Baug - Porta-Tocha
Contratados: 2ª Expedição
Arsus - Porta-Tocha
Colm  - Porta-Tocha
Mortag – Porta-Tocha
Baugwall - Mercenário

Anotações:
Começamos a sessão dentro da masmorra, na segunda sala encontramos uma cobra gigante que envenenou mortalmente o anão Dunga. Procurando uma saída para a situação entramos um anão dentro de um piso falso em uma sala que lembrava um templo do deus da morte Kraneios. O anão Zaerl sugeriu tirar a perna de Dunga para salvá-lo.


Decepamos a perna de Dunga e ele conseguiu sobreviver. Na saída da dungeon encontramos um bando de besouros (três) que tentamos capturar. Depois de uma briga contra os besouros, que tirou a vida do ladino Smot, conseguimos capturar um besouro. Prosseguimos a viagem até a cidade. No caminho não tivemos nenhum contratempo. Chegando na cidade recebemos um convite para um banquete no palácio para conhecer os outros grupos de mercenários. Lá no banquete nos encontramos com que salvamos na nossa primeira expedição (Bertrand e seus capangas). Ficamos sabendo que o grupo Bastardo dos Pântanos, que estavam atacando o Bertrand, estava querendo voltar com a liderança do vice-líder da época, Tamli. Ouvimos outro rumor que estavam querendo pagar boa grana (2500 P.O.) para sequestrar uma menina chamada Renata. Na bebedeira, Nephtys estendeu a bebedeira em um boteco de baixa reputação e quase acabou incendiando o local. Nephyts foi proibida de entrar no local no futuro. Uras, bêbado, insultou o ferreiro na festa e teve que pedir desculpas para ele para não ficar tão problemático, o ferreiro aceitou a desculpa. Zaerl, intoxicado na bebida deu em cima de uma anã que depois ficou sabendo que era na verdade um anão. Rowena, louca na bebida pegou uma bebida de um nobre que acabou dando voz de prisão para ela por causa do mal entendido. Ela pagou a fiança e foi solta.


No dia seguinte saímos para a torre de Mazzah. Lá negociamos as tabuletas mágica, trocamos uma tabuleta por um Pergaminho de Retardamento de Veneno. O Zaerl comprou uma Poção de Vida por 400 P.O. Deixamos uma pessoa responsável para conseguir informação sobre o Tamli antes de sair para o labirinto. No caminho do labirinto encontramos um dois zumbis que não nos ameaçaram então não atacamos. Chegando no labirinto encontramos nosso suporte e a corda amarrada a ele jogados no fundo da entrada. Entrando no labirinto fomos direto para a sala da aranha. Matamos a aranha e recolhemos a recompensa. Após, seguimos para uma parede quebradiça. Enquanto abríamos a parede, seis zumbis nos olharam para ver o que estávamos fazendo e foram embora sem nos atacar. Ao abrir a parede encontramos uma sala arqueada com um símbolo de um crânio pela metade no meio dela. A sala é decorada com quadros de exércitos. A sala era habitada por quatro sombras humanoides, uma delas se destacava pois, usava uma armadura de couro e segurava um escudo entalhado com um dragão negro. As sombras nos atacaram assim que abrimos a sala. Aguardemos as próximas sessões desses aventureiros do balacobaco.

Bastidores:
Os jogadores que tiveram seus personagens perdidos (um morto e outro incapacitado/aposentado) rolaram seus personagens reservas, que são os seguintes:
Elfo (Fábio)
Paladino (Riesa).

Ass.: Nephtys, a Druida Incendiária.

quarta-feira, 15 de abril de 2020

West Marches de Cavernas Proibidas de Archaia + Entrevista com Carlos Malvadeza

Saudações!

Nessa postagem falaremos sobre um projeto realizado em conjunto pelo pessoal do Regra da Casa e da Câmara Obscura, dando vida ao Regr'Obscura - que também está por trás do excelente D&D Moleque. Trata-se de uma mesa online, estilo West Marches, rodando As Cavernas Proibidas de Archaia (The Forbidden Caverns of Archaia, mais um premiado material do Greg Gillespie).


E esse tal de West Marches?

West Marches, para quem não conhece, foi um jogo realizado pelo Ben Robbins, com os seguintes pressupostos:
1) Não há sessões agendadas, o mestre propõe o jogo e ele acontece se há pessoas interessadas.
2) O grupo ampliado de jogadores, algo em torno de 10-14, não jogarão simultaneamente, mas esse maior volume garante um fluxo maior de jogos.
3) Não há narrativa central ou "plot", os jogadores dão o tom do jogo, em uma jogabilidade estilo sandbox.

Esse estilo de jogo dialoga bastante também aquilo que o Alexandrian designou pelo conceito de "Open Table". Enfim, não pretendo tratar exaustivamente a temática, mas há nisso um importante movimento de resgate de um estilo de jogo que era mais comum nos primórdios do hobby.

West Marches de As Cavernas Proibidas de Archaia

No caso do projeto que estamos tratando é inegável a influência desse estilo de jogo. Mas se, originalmente, esse estilo de jogo tendia para exploração de ermos (na forma de hexcrawl), o pessoal do Reg'Oscura optou por utilizar a megadungeon já mencionada como pano de fundo. Há um episódio do Café com Dungeon em que realiza-se o anúncio do projeto. Não deixem de conferir!


O projeto consiste em quatro mestres (Rafael Balbi, Carlos Silva, Diego Bassinello e Gábner) que alternam-se na missão de ofertar mesas para um grupo de, até o momento, incríveis 147 jogadores! Ainda que nem todos participantes do grupo tenham conseguido jogar ainda. Eu, pessoalmente, fiz minha estréia em Archaia ontem (o que me motivou a escrever esse artigo, com o objetivo de realçar esse projeto maravilhoso!).

A participação dos jogadores têm sido intensa. Há, por exemplo, um log das experiências de todas as sessões realizadas, bem como compartilhamento de mapas feitos pelos jogadores. Pensando nos novatos, há um vídeo-tutorial ensinando o processo de criação de ficha e até um guia com dicas para mapeamento!

Tive o prazer de participar de uma mesa que teve o Carlos "Malvadeza" Silva como o mestre e foi uma experiência fantástica. Nós demos muita sorte e voltamos para casa com 14.000 moedas, o que pode ter ajudado a cimentar essa impressão!. Brincadeiras à parte, a jogabilidade old-school que tanto presamos foi muito bem conduzida e os relatos compartilhados por outros grupos são sempre muito positivos. Mesmo em caso de TPK (Total Party Kills), pois há sempre um novo aprendizado para os jogadores (para os finados personagens, nem tanto! hehe).

Tentando buscar a forma de melhor apresentar esse projeto, contatei o Carlos com a proposta de fazer uma pequena entrevista, levando a ele dúvidas minhas, mas que também poderiam ser de outros. Ele , muito gentil e solicitamente, topou de prontamente! Compartilho no resultado do nosso bate-papo logo abaixo e retomo na sequência.

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Entrevista com Carlos Malvadeza

Falando por mim, mas creio que de forma mais ampla, como todo RPGista que está em busca de aprender e ampliar seus horizontes, sou um fã (e apoiador) do Café com Dungeon. Ouvi com atenção o podcast de anúncio que vocês fizeram sobre o West Marches de Cavernas Proibidas de Archaia, em parceria com a Câmara Obscura, mas, para o eventual leitor que ainda não tiver entrado em contato, você poderia resumir qual a proposta do projeto?

R: Nosso projeto tem uma premissa muito simples, mas não simplória que é a de propagar a jogabilidade do D&D antigo que nós formatamos no D&D Moleque, intitulada Oil Fantasy. É um jogo descomplicado que promove um novo olhar sobre os primórdios do RPG trazendo dinâmicas modernas que fazem com que a jogabilidade seja fluída, espontânea e intuitiva. Resgatando um RPG simples onde o jogador trabalha com sua imaginação e capacidade analítica ao invés de precisar decorar e aplicar regras e parâmetros de ficha. Estamos buscando trazer o RPG em sua forma mais lúdica, espontânea e descontraída a todos. A mesa é aberta e qualquer pessoa que quiser entrar nela é bem vinda a se juntar a nós para jogar RPG e compartilhar umas boas risadas e conquistas. O link para nossa mesa é: https://chat.whatsapp.com/LhXmTLFNaNR7z4nNkddlSN

O material base que vocês estão utilizando é o Forbidden Caverns of Archaia ("Cavernas Proibidas de Archaia", em tradução livre), do professor universitário e designer canadense Greg Gillespie. Como tem sido a experiência de trabalhar com esse material?

R: Muito desafiadora, segundo o próprio autor o material é para mestres de jogo experientes. O cenário é muito rico e possui uma quantidade de possibilidades quase que infinita, em 43 jogos sequer exploramos 5% do material, o que é muito bom. A "lore" do cenário é muito bem pincelada passo a passo, pouco a pouco através das dungeons e é notável que o quebra-cabeças tratado no cenário vai ganhando luz e consistência na mente dos jogadores a cada nova partida. Um dos pontos de destaque do material é seu tecido político altamente denso e rico. Entre tantos outros materiais escolhemos esse justamente por este último tópico: o tecido político. No D&D antigo prezamos por evitar combates e essa dimensão do trabalho político dos jogadores é de suma importância para garantir que a textura do jogo está aderente ao estilo que batizamos como Oil Fantasy.

Do ponto de vista do sistema de regras, recentemente participamos de um debate bem bacana no grupo do OSR Brasil (WhatsApp), em que se falou sobre o Old-School Essentials, o Labyrinth Lord e, mais especificamente, em como o Advanced Labyrint Lord, por ter inspirado e embasado o material do Greg Gillespie, acaba se tornando uma referência necessária. Com a rodagem que você adquiriu mestrando esse retroclone, é possível dizer que o Advanced Labyrinth Lord é a versão mais robusta de D&D Old-School do mercado?

R: Sim, dentro do meu ponto de vista. Ele tem uma curadoria muito interessante em trazer o necessário do AD&D para o b/x sem sobrecarrega-lo. Como uso o livro principalmente como mestre ainda não passei um pente fino nas classes novas que ele propõe. Muitas vezes essas classes do AD&D podem imprimir um sabor amargo nas mesas jogadas segundo os princípios do Quick Primer do Matt Finch levando o jogador a rolar mais dados e refletir menos, em breve vou revisar com cuidado cada classe do livro e quem sabe entrar em conferência com os outros DMs no sentido de liberar mais classes caso elas sejam aderentes ao QP. No mais tenho acreditado que PARA ESSA MESA, o Advanced Labyrinth Lord seja o livro que endereça melhor a narrativa que estamos buscando.

O projeto consta com você, com o Rafael Balbi, o Diego Bassinello e o Gábner como mestres. Recentemente, devido à demanda crescente, vocês têm anunciado que estão a procura de novos mestres para compor o time. Como tem sido esse processo?

R: Muito mais lento do que gostaríamos, e é normal que assim seja. Queremos mestres que sejam jogadores. Não compramos a ideia do mestre que quase nunca joga, esse cara não tem o ferramental necessário para trazer à tona a responsabilidade mais notável do DM que é buscar imprimir o melhor desafio possível aos jogadores. Esperamos que do nosso grupo de jogadores assíduos apareçam pessoas dispostas a mestrar conosco para que a oferta de mesas cresça consideravelmente. Para que a pessoa possa se juntar ao grupo de mestres é simples: ela precisa ter jogado bastante, ter um entendimento razoável do Quick Primer for Old School Gaming e estar disposta a ser mentorada e assessorada pelo time de DMs existente para que ela consiga tratar com fluidez do nosso estilo Oil Fantasy de conduzir RPG e, por último, mas não menos importante, ser diligente, justo e transparente. Nosso jogo não possui truques, ilusões de ótica ou enganações, literalmente tudo é rolado em vista clara para todos verem, inclusive encontros aleatórios, reações e testes de moral. Trabalhamos para que os jogadores tenham uma base limpa para criar e parte desse processo é ter todas as rolagens às claras, afinal de contas RPG é um jogo e embora os manuais informem da possibilidade de rolar escondido acreditamos que a ética de jogo e transparência devam reinar em uma mesa e que o DM é peça chave em liderar e dar o exemplo acerca disso.

Por fim, tem algum recado, ou, de repente, deseja abordar alguma questão que minhas perguntas anteriores não cobriram? Enfim, fique à vontade para passar sua mensagem!

R: Meu recado é na verdade um chamado: venham jogar com a gente e fazer parte de nosso grupo! Todas as pessoas que vierem na paz serão bem vindas, prezamos por ter pessoas de todos os perfis, com diferentes histórias de vida e motivações conosco. Nossa mote é respeito acima de tudo e excluir do grupo os que não pensem dessa forma sem qualquer aviso ou notificação. Nosso ambiente de jogo é bem humorado, tranquilo e aberto a todos de qualquer nível de experiência com RPG, novatos e veteranos são todos mais que bem vindos!

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Retomando

Bom pessoal, acho que é isso. O Carlos transmite de forma bastante clara e direta o que posso testemunhar como participante direto do projeto. E reforço as palavras dele: cheguem lá no grupo, são muitas oportunidades de jogo, em vários horários possíveis (inclusive ocasionalmente rola sessão corujão!). É tudo 100% gratuito e está fantástico. Cheguem lá!

Barrowmaze: Sessão 05

Sessão 05, Dia 12 de abril de 2020 (06-07/02/250)

Personagens:
Dunga - Anão 1 (Fábio)
Rowena - Ilusionista 1 (Vitória)
Smot - Ladino 1 (Riesa)
Uras - Usuário de Magia 1 (Fausto)
Zaerl -  Anão 1 (Guilherme)
Contratados
Hjor - Mercenário
Eri - Porta-Tocha
Baug - Porta-Tocha

Anotações:
Começamos na dungeon, exploramos a última sala, lutamos contra homens-redemoinhos, morto-vivos e voltamos para entrada da dungeon.



Zaerl, Valemir e um Mercenário voltaram antes, enquanto o grupo dormiu na entrada. Os aventureiros que retornaram antes conseguiram curar-se da maldição adquirida por meio da atuação de Áine, sacerdotisa de Donatella (que cobrou de Zaerl 200 moedas pelo serviço). Na sequência o restante do grupo retornou para a cidade logo em seguida, nos abastecemos e descansamos, recrutamos mais pessoas para a masmorra e para lá seguimos. 


Ao entrar na dungeon, lutamos contra a Naga Guardiã e ganhamos, depois exploramos algumas salas e resolvemos alguns puzzles/encontros, conseguimos bastante recompensa em relação a isso, escutamos barulho de algo batendo, como se fosse martelo, avançamos um pouco e acabou a sessão.

Ass.: Smot, o Ladino Hiperativo.

Barrowmaze: Sessão 04

Sessão 04, Dia 05 de abril de 2020 (05/02/250)

Personagens:
Dunga - Anão 1 (Fábio)
Rowena - Ilusionista 1 (Vitória)
Smot - Ladino 1 (Riesa)
Valemir - Clérigo 1 (Leonardo)
Uras - Usuário de Magia 1 (Fausto)
Zaerl - Anão 1 (Selber)
Contratados
Hjor - Mercenário
Mosi - Mercenário
Eri - Porta-Tocha
Baug  -Porta-Tocha


Anotações:
Começamos na cidade indo atrás do Mazzah que nos informou que o labirinto que encontramos é o lugar que ele havia nos dito a primeira vez o encontramos. Sugeriu que voltássemos lá a procura de mais informações. Acatamos a sugestão do mago que nos deu uma poção para nos ajudar nessa aventura. Contratamos três mercenários e dois Porta-Tochas para nos seguir na viagem. O caminho até a dungeon foi tranquila, sem nenhum problema. Ao chegar no labirinto deixamos um Porta-Tocha na entrada para que protegesse nossa saída.


Já no labirinto começamos indo atrás de partes deixadas para trás e caminhando para o sul. Tivemos algumas batalhas no caminho sem nenhum problema grave. Única batalha mais grave foi contra dois “zumbis” que quando nos acertava deixava as veias pretas. O clérigo e um dos mercenários acabaram pegando essas veias pretas. Terminamos em uma sala estrelada e uma mensagem do além.

Ass.: Dunga, o Anão Espontâneo.

Barrowmaze: Sessão 03

Sessão 03, Dia 29 de março de 2020 (03/02/250-04/02/250)

Personagens:
Dunga - Anão 1 (Fábio)
Rowena - Ilusionista 1 (Vitória)
Smot - Ladino 1 (Riesa)
Valemir - Clérigo 1 (Leonardo)
Uras - Usuário de Magia 1 (Fausto)
Zaerl -  Anão 1 (Guilherme)
Contratados
HjorMercenário
MosiMercenário

Anotações:
O labirinto:
* Encontramos uma espécie de "monstros" com dialeto goblin, falando algo relacionado a um necromante, conseguimos superar a situação sem combate.



* Dormimos no labirinto, ouvimos algum zumbi perambulando e tentando entrar na nossa sala, onde estávamos dormindo.
* Entramos em uma sala grande com várias tumbas e enfrentamos vários inimigos em um corredor basicamente com óleo, fogo e pedras.
* Encontramos várias armadilhas e basicamente caímos em todas novamente.
* Encontramos alguns tesouros, como moedas, um conjunto de bracelete mágico, uma maça e outras parafernálias.
Retorno:
* Não tivemos nenhum problema, retornamos e dividimos o dinheiro, pagamos os mercenários.

Ass.: Uras, o Mago Cauteloso.

Barrowmaze: Sessão 02

Sessão 02, Dia 23 de março de 2020 (03/02/250)

Personagens:
Dunga - Anão 1 (Fábio)
Rowena - Ilusionista 1 (Vitória)
Valemir - Clérigo 1 (Leonardo)
Uras - Usuário de Magia 1 (Fausto)
Contratados
Hjor - Mercenário
Mosi - Mercenário

Anotações:
Preparativos para expedição
* Contratamos 2 mercenários (ambos vivos até o momento)
* Consegui uma poção de cura com Mazzah o Magnífico
* Partimos para a expedição
Viagem:
* A viagem foi de boa, encontramos uma "pedra" negra com inscrições que eu sabiamente usei uma magia para decifrar e acabou se revelando completamente inútil.
* Encontramos a atual "tumba" que se mostrou ser o labirinto que Mazzah o Magnífico mencionou
O labirinto:
* Na entrada havia sinais que alguma expedição desceu por uma corda alguns metros para andar no labirinto mas não retornou, e até agora não achamos seus corpos.



* Deixamos um dos mercenários escondido “protegendo” a entrada da tumba, assim garante nosso retorno
* Encontramos várias armadilhas e basicamente caímos em todas.
* Encontramos alguns tesouros sem muito valor, como moedas e vasos. Uma maça e um manto que podem ou não ser diferenciados.
* Muito provavelmente teremos de dormir no local e fazer guarda.

Ass.: Uras, o Mago Cauteloso.

Barrowmaze: Sessão 01

Sessão 01, Dia 20 de março de 2020 (02/02/250)

Personagens:
Dunga - Anão 1 (Fábio)
Rowena - Ilusionista 1 (Vitória)
Smot - Ladino 1 (Riesa)
Uras - Usuário de Magia 1 (Fausto)
Contratados:
Nar - Mercenário
Uluf - Mercenário

Anotações:
Uras e Dunga interagiram com Mazzah, o Magnífico em sua Torre Mágica, com quem costuraram um acordo de fornecimento de itens mágicos e conhecimentos sobre as ruínas - que ele disse esconder um labirinto subterrâneo, conhecido popularmente como "Catacumbas".
Rowena interagiu com o joalheiro Pantufas, que ofereceu-se para comprar eventuais tesouros encontrados pelo grupo a preço de custo (sem depreciação).
O grupo, então, contratou 2 mercenários (Nar e Uluf) e seguiram para o Pântano. Lá chegando, Smot, indo a frente como batedor, avistou um grupo de humanoides. Tratavam-se dos Bastardos do Pântano, conhecidos por emboscar aventureiros voltando com tesouros. Após seguirem-nos por algum tempo, avistaram-nos tentando emboscar Bertrand e Seus Capangas, um conhecido grupo aventureiro.



O grupo saiu em sua ajuda, afugentando os sobreviventes dos Bastardos. Puderam extrair alguns itens dos corpos e receberam uma recompensa de Bertrand pela ajuda.
Na sequência, seguiram para um monte fúnebre que estava com sua entrada soterrada. Após cavarem a entrada, seguiram por uma escadaria e se depararam com alguns sarcófagos. A cautela no proceder não foi muita, de modo que o grupo viu-se sendo atacado por centopeias gigantes que estavam no teto, num combate que determinou a morte dos dois mercenários contratados e, por um triz, não levou a vida do ladino Smot.


Por fim, adquiriram os tesouros que repousam nos sarcófagos e voltaram sãs e salvos à cidade de Graensen.

Barrowmaze: Diários de Campanha

Saudações!

Comecei a mestrar recentemente uma campanha de Barrowmaze. Jogamos 5 Sessões até o momento e pensei em compartilhar, inicialmente, o setup geral que utilizei para o jogo e, gradativamente, os Diários de Campanha, com o objetivo de deixar um registro público da nossa campanha, para que possa, eventualmente (ao menos essa é a expectativa) servir de inspiração para eventuais mestres(as) que queiram se valer desse excelente material de autoria do Greg Gillespie!


Ambientação

Bom, primeiramente gostaria de compartilhar um pouco como usei o material. Tenho esse cenário que já venho trabalhando há um pouco, de modo que não foi difícil "encaixar" o módulo nele, fazendo as devidas adaptações.


Peguei o conceito de uma cidade situada às margens da civilização (típico do módulo clássico Keep on the Borderlands), pois achei que isso ajudaria a manter o foco do grupo na exploração da masmorra - que eu nomeei, em uma "tradução" que não prima pela literalidade, alternativamente, de "Catacumbas" ou "Labirinto" (dependendo da ênfase que o interlocutor quer dar a esse complexo subterrâneo). O mapa regional ficou assim:


Tentei manter as proporções do mapa original, mas não me preocupei muito com o restante. Localizei o ponto de interesse, onde residem os Barrowmounds (que chamei de Montes Fúnebres) logo no início do pântano.

As adaptações necessárias foram mais na ordem de divindades. Darei alguns exemplos (que não fazem muito sentido sem algum conhecimento do meu cenário, mas só para ilustrar essa possibilidade):
- Impurax virou Entropia, uma divindade maldita de uma civilização pretérita (Aletheia).
- Nergal virou Kraneios, o deus da morte dessa mesma civilização.
- Crom virou Ulfric, o Deus da Guerra dos Skalds (os "nórdicos" do meu cenário).
- Arcantryl virou Donatella, a Deusa da Magia e da Sorte dos Sclienses (os "romanos" do meu cenário).
- St. Ygg virou Hegg, o deus skald da Justiça e do Sacrifício.

E por aí vai. Não tive muito dificuldade de realizar essas adaptações.

Sistema de Regras (Atualização: 27/04/2020)

Estamos usando o BX Hack, sobre o qual já postei aqui, que consiste, como o nome sugere (hehe) e, um hack do D&D B/X. Então essa campanha está servindo também como forma de "play-test" desse sistema.

E até agora o resultado tem sido positivo. E, conforme vou sentindo necessidade, vou realizando ajustes e sempre mantendo os jogadores informados sobre esse processo. Por exemplo, chegamos conjuntamente à conclusão de ser desnecessária a mecânica de Dado de Sorte, pois não vinha sendo utilizada, então acabei removendo-a.

O sistema estava bacaninha. Mas, por mais que tivesse sido conservador em adicionar novas habilidades (em geral tiradas do DCC) e sistema de perícias (inspirado no LotFP) acho que acabou estimulando aquela tentação de resolver as coisas "apertando botões".

Por essa razão, estamos adotando, de agora em diante (já tendo iniciado ontem, na Sessão 08) o Advanced Labyrinth Lord com algumas regras da casa do próprio Gillespie e mais uma ou outra adicionais. Batizei, na falta de maior reflexão, esse sistema de Advanced B/X.

Diários de Campanha

Bom, por enquanto creio ser isso. Logo mais posto os relatos das 5 primeiras sessões e a ideia é ir postando os novos relatos semana a semana (a periodicidade do nosso jogo é semanal - jogamos aos domingos!). O primeiro relato foi escrito por mim, mas os demais serão escritos pelos jogadores (por uma recompensa de 50 XP! hehe), então o estilo/formato deles tenderá a ser bem variável.

Até breve!

sexta-feira, 10 de abril de 2020

D&D B/X no Roll20: Encontros Aleatórios (Macro)

Saudações!

Nessa postagem compartilharei com vocês o macro que criei para Roll20 para automatizar a rolagem de Encontros Aleatórios/Monstros Errantes.


Não manjo de programação, então fiz da forma mais simples possível, usando engenharia reversa e/ou adaptando de outros macros existentes. E basicamente esse macro trabalha a partir de referência a tabelas roláveis. Mas, antes de mais nada, o macro é o seguinte:

/w gm &{template:default} {{name=**Monstros Errantes (1/2t)**}} {{Encontro?:=[[d6]] **vs. DC 1**}}  {{Direção=[[1t[Direção]}]]}} {{Distância=[[2d6]] x 10 fts.}} {{Reação=[[1t[Reação-Monstros]}]]}} {{Surpresa?=[[1d4]] x 5 fts.}}

Esses códigos no estilo de "1t[Direção]" dizem respeito a essas tabelas, que precisam ser adicionadas na parte correspondente.


Para a tabela "Direção" é simples, pois o objetivo é que haja probabilidade igual, então o peso atribuído a cada possibilidade é 1. Mas, no caso da tabela "Reação-Monstros", como a rolagem de 2d6 trabalha com a famosa bell curve, é preciso calcular os valores e atribuídos mediante percentual (https://www.thedarkfortress.co.uk/tech_reports/2_dice_rolls.php).

A rolagem de Distância é igual para Masmorras e Ermos (tem também as regras para exploração/encontros Navais, que não inclui pois não planejo usá-las tão cedo na minha campanha de Barrowmaze). No livro de regras muda que uma vem em pés (feets) e a outra em jardas, mas na conversão os valores são iguais. O único adendo é que, caso o grupo esteja surpreso, a distância é mais próxima. Então adicionei um campo condicional por último, que só deve ser levado em consideração nessa situação.

Uma vez adicionadas as tabelas e atribuídos os percentuais correspondentes, é só adicionar o botão do macro e rolá-lo uma vez a cada 2 Turnos de exploração!